A Instituição

Os fundadores da
Fraternidade Irmã Dolores:
Iraci MOLA de Brito - falecida em 05/11/1974
Pedro Francisco de Britto - falecido em
01/01/1993
(foto de 21/02/1970)
Pequeno histórico da Fraternidade Irmã
Dolores
No ano de 1963, reunia-se na residência do sr.
Pedro Francisco de Britto e sua esposa Iraci Mola
de Britto, rua Roberto Morel, nº 30, Vila Ema, São
Paulo, um grupo de médiuns para realização de
trabalhos mediúnicos, às segundas-feiras, à noite.
Faziam parte do grupo, naquele primeiro ano: o sr.
Pedro, sra. Iraci, sua irmã, Angelina Mola, Astor,
seu esposo, Iolanda Hungaro da Silva e a sra.
Aparecida, de sobrenome desconhecido, que residia
no Bairro da Liberdade S. Paulo, era médium
inconsciente e ajudou bastante naqueles primeiros
tempos de trabalho.
A sra. Iraci admirava muito o espírito, Eurípedes
de Barsanulfo, ela queria fundar um centro
espírita, dando-lhe o nome do trabalhador mineiro.
Mais tarde, chegou-se à conclusão de que se
deveria homenagear a Irmã Dolores Mola, mãe da
sra. Iraci, sua mentora, que vinha há muito tempo
realizando trabalho em benefício daqueles que
procuravam a casa.
Em 1964, começaram a fazer parte do grupo
mediúnico: Joaquim Soares, Sônia de Britto, filha
do casal Britto, Geraldo Sarro Fresca, o condutor
de quatro membros que fizeram parte da Primeira
Diretoria da FID - Iolanda, Joaquim, Sander e
Reinaldo Rubens Comotti.
O sr. Pedro era estudioso da Doutrina Espírita,
havia feito curso de médiuns durante quatro anos
na sede da FEESP, incentivava os mais jovens para
o estudo do Espiritismo. Desde o início, a FID
primou pelos ensinamentos das obras básicas de
Allan Kardec, procurando impedir a introdução de
teorias não condizentes com a Doutrina dos
Espíritos, tais como: Pesquisa de vidas passadas,
Cromoterapia e outras práticas estranhas aos
ensinamentos do codificador.

Dolores Molla
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O grupo começou a crescer, muitas
pessoas procuravam a sra. Iraci, eram
atraídas por sua mediunidade e ajuda
fraterna. Ela recebia o espírito de sua
mãe, Irmã Dolores que aplicava passes e
dava conselhos edificantes. O ambiente
começou a ficar inadequado para
atender as pessoas doentes e perturbadas
que chegavam procurando ajuda. O
casal Britto entendeu que o melhor
caminho para receber os que chegavam seria
constituir, formalmente, uma Instituição,
um centro espírita, independente,
desvinculado da residência. Em 1965, o sr.
Pedro convidou alguns amigos que já
participavam das reuniões para a formação
de uma Diretoria que ficou assim composta:
Presidente, Pedro Francisco de Britto
(idade: 43); Vice-presidente, Joaquim
Soares , ?Juca? (idade: 29); 1º
Secretário, Sander Salles Leite (idade:
21); 2º Secretário, Reinaldo Rubens
Comotti (idade:19); 1º Tesoureiro, Geraldo
Sergio Sarro Fresca (idade: 19); 2ª
Tesoureira, Iolanda Húngaro da Silva
(idade:23) e Fiscal Geral, Iraci Mola de
Britto (idade: 39).
Solucionados os problemas burocráticos
necessários à fundação de um centro
espírita, tais como modelo de ata de
fundação, livro de atas, modelo de
estatuto, modelos de Livro Caixa, recibos,
etc, o Sr. Pedro convidou todos os
frequentadores daquelas reuniões para se
reunirem em Assembleia Geral. No dia 18 de
setembro de 1965, às 19 horas, em sua
residência, após a exposição de motivos, o
plenário indicou Sander Salles Leite para
secretariar a assembleia. O Sr. Pedro,
então, fez a apresentação do estatuto que
regeria os destinos da nova instituição,
apresentou os diretores que deveriam ser
eleitos e empossados, bem como proposta de
gestão voltada para prática da Doutrina
Espírita, segundo a codificação de Allan
Kardec e demais atividades a serem
exercidas. A Assembleia aprova por
unanimidade, e após a lavratura da ata
pelo secretário da assembleia,
concretiza-se a fundação da Fraternidade
Irmã Dolores, nome dado em homenagem a
mentora espiritual Dolores Mola, nascida
em 06 de outubro de 1889 e desencarnada em
22 de setembro de 1944.
Deve ficar registrado que juntamente com
essa diretoria eleita, passou a funcionar
também o Departamento de Evangelização
Infantil, sob os cuidados de Maria Lucia
de Britto, filha do Sr. Pedro e cujo nome
não ficou registrado naquela ata por ser
ela, na ocasião, menor de idade (15 anos).
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O nome Fraternidade é uma alusão a necessária
forma de convivência entre as pessoas, segundo
os preceitos do Evangelho, independente de suas
crenças pessoais, sexo, raça ou condição social.
Tão logo decidiu-se pela fundação da FID, foi
feita uma rifa do livro "Paulo e Estêvão" com o
objetivo de angariar fundos para o registro da
documentação da Entidade e comprar material
destinado à construção da casa, que teve início
no dia 26 de setembro de 1965, e foi inaugurada
no dia 22 de fevereiro de 1966. Deu-se a
inauguração com uma palestra proferida pela sra.
Meire Aparecida Camargo, Maestrina do Coral da
Federação Espírita de São Paulo.Em seguida, foi
apresentada pelo próprio grupo de diretores e
ainda Maria Lúcia de Britto a peça ,"Ternura" de
Neio Lúcio, do livro : "Agua Viva", psicografia
de Chico Xavier, adaptada e dirigida por Sander
S. Leite, que cuidou também da maquiagem, o
figurino ficou a cargo de Iolanda H.da Silva
Outros eventos foram realizados como "Feiras de
livros espíritas "em prol do trabalho social que
foi feito durante anos. Várias famílias foram
atendidas com uma cesta de alimentos,
mensalmente, alguns remédios por elas
requisitados foram comprados mediante receita
médica pela FID, que também ajudou a construir
duas pequenas casas para famílias muito
necessitadas.
O trabalho continuou com afinco até 1984, quando
foi lançada oficialmente a campanha da Nova
Sede, coordenada por Sander S. Leite,
responsável inclusive pela distribuição de
carnês bancários a quem quisesse colaborar.
Havia, no momento, um grupo muito forte,
motivado e comprometido com a tarefa, por isso a
obra se concretizou. Em 1986, em assembleia
extraordinária, Sander apresentou a maquete do
prédio , feita por ele, de acordo com o projeto
do arquiteto espírita Ciro Pirondi,
posteriormente alterado para o atual, conforme
solicitação nossa. O projeto estrutural é de
Joaquim Soares. Muitos bazares e festas do
sorvete foram realizadas nos pátios das escolas
estaduais: Américo de Moura, Stephan Zweig e Joy
Arruda em prol da construção. O Sr. Pedro Salles
Leite, então diretor de Patrimônio, acompanhou o
trabalho da construção, compra de materias e
outros serviços, estando sempre presente, Daniel
Saes foi também um colaborador nos serviços tais
como acabamento das escadas de acesso aos
mezaninos e execução de todo o serviço de
caixiliaria para vidros e janelas do prédio.
Outra pessoa grata é o Sr. Luís Messias, que
cooperou bastante, financeiramente, amigo da
família de Ancila Escolástica Rodrigues
colaboradora que muito tem feito durante todos
estes anos.
Momento que não pode ser esquecido é aquele da
realização do primeiro bazar na Nova Sede, ainda
em construção, já coberta, propiciando proventos
para a continuidade . Todas as fotos disponíveis
desde a peça teatral da primaira sede bem como
as comemorativas da inauguração da Sede Nova em
1991, foram arquivadas como documentos
históricos da FID.
O trabalho de Evangelização Infantil sempre foi
realizado pela casa. Ainda grupos de jovens
compuseram a Mocidade Espírita Vicente Peres,
que se reunia para estudar a Doutrina Espirita e
ajudar nos eventos em prol da arrecadação de
fundos. O Sr. Vicente Peres foi um trabalhador
muito querido pelos jovens, graças ao apoio que
lhes dava, e admirado pela mediunidade de
vidência. A lembrança de seu desencarne por
acidente de trânsito- atropelamento- levou os
jovens à escolha de seu nome para a Mocidade
Espírita.Os diretores da FID participaram,
ativamente, durante muitos anos, da USE - União
das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo,
fazendo parte da Diretoria, elaborando
Estatutos, apostilas, assumindo Departamentos,
proferindo palestras por todo o Estado de S.
Paulo, convidando companheiros de outras casas
espíritas para troca de conhecimentos. Durante
anos, foi realizado um trabalho educativo
através de uma palestra por mês com o tema:
"Pais os maiores Educadores".
Dos primeiros diretores fundadores,
desencarnaram Pedro Francisco de britto e Iraci
Mola de Britto, permanecendo na ativa o Sander.
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